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Uma edição especial e ricamente ilustrada de um ensaio sobre Veneza escrito pelo prêmio Nobel Joseph Brodsky. Com vinte e sete fotografias de Giovanna Silva e textos de Sara Marini, Emanuele Trevi, Chiara Valerio e Fleur Jaeggy,
Pouco mais de cem páginas, mas de altíssimo peso específico. O peso da água, talvez, do qual Marca d’água parece tecer o elogio. Um livro que também parece imitar a forma da água, ou melhor, sua ausência de forma, se é verdade que ela «desdenha a noção de forma». E qual cidade terrena se assemelha mais à água do que Veneza? As vielas, o seu emaranhado de becos e bequinhos, tornam-se uma oportunidade para Joseph Brodsky reproduzir sua topografia: dobras, rugas e ondulações da água se misturam assim à alma desta cidade que nunca aponta uma direção, mas sempre e apenas oferece «vias transversais». Água como imagem do tempo, Veneza como figura da desorientação, recipiente de espelhos e reflexos entre os quais, de modo fugaz aparece também o do poeta. Por dezessete invernos, Brodsky voltou a esta cidade, respondendo ao chamado de suas ruas feitas de água; por dezessete invernos aqui ele se perdeu e se enganou; seu libelo é uma sucessão de sensações e imagens poderosas que envolvem e cercam o leitor como um «tufo de gélidas algas marinhas», voltando à memória como um sonho recorrente, do qual ele mal se lembra dos contornos.
Nico Mainardi realizou a convite da editora um pequeno curta baseado no livro «A marca d’água« de Joseph Brodsky.
Prêmio nobel de literatura 1987, nasceu em 1940, em São Petersburgo. Em 1972 foi exilado da Russia, passando a viver em Nova York, onde morreu em 1996, sem nunca ter voltado ao seu país natal. Entre os seus livros publicados no Brasil estão 'Marca d’água' (Cosac Naify, 2006).