Uma mulher viaja através do caos das memórias: a infância numa gaiola de ouro em Saigon, a chegada do comunismo no atemorizado sul do Vietnã, a fuga no ventre de um barco ao largo do Golfo da Tailândia, a reclusão em um campo de refugiados na Malásia, os primeiros arrepios no frio do Quebec. Relato entre a guerra e a paz, Ru fala da escassez e do excesso, do desvario e da beleza. Desse rebuliço, incidentes tragicômicos e objetos ordinários emergem com tantas outras marcas de um percurso. Evocando um bracelete de acrílico repleto de diamantes, tigelas azuis circundadas de prata, Kim Thuy reconstitui o Vietnã de ontem e de hoje com a maestria dos grandes escritores.
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