O irrealizável – Por uma política da ontologia

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Estamos tão habituados a distinguir entre possível e real, entre essência e existência, que não nos damos conta de que tais distinções — que parecem ser tão óbvias — são o resultado de um longo e meticuloso processo, o qual levou à cisão do ser, a «coisa» do pensamento, em dois fragmentos opostos e intimamente entrelaçados. Em todo caso, a hipótese deste livro
é que a máquina ontológico-política do Ocidente se funda justamente nessa cisão da «coisa», sem a qual nem a ciência nem a política seriam possíveis. Sem a partição da realidade em essência e existência, e em possibilidade (dynamis) e atualidade (energeia), nem a consciência científica nem a capacidade de controla e dirigir duradouramente as ações humanas que caracterizam a potência histórica do Ocidente teriam sido possíveis. Se não pudéssemos suspender a concentração exclusiva de nossa atenção naquilo que existe imediatamente (como parecem fazer os animais), para pensar e definir
sua essência (o «o que»), a ciência e a tecnologia ocidentais não teriam conhecido o desenvolvimento que as caracteriza. E, se a dimensão da possibilidade desaparecesse por completo, nem planos nem projetos seriam pensáveis, e as ações humanas não poderiam ser dirigidas e tampouco controladas. A potência incomparável do Ocidente tem nessa máquina ontológica um de seus pressupostos essenciais. Por meio de uma paciente investigação genealógica, o livro reconstrói o nascimento dessa cisão fundadora da coisa do pensamento e o processo de suas sucessivas articulações na filosofia e na política do Ocidente.

 

O livro está no prelo e será lançado em julho

Sem a divisão da realidade em essência e existência, e em possibilidade (dynamis) e atualidade (energeia), nem o conhecimento científico nem a capacidade de controlar e direcionar de forma sustentável as ações humanas que caracterizam o poder histórico do Ocidente teriam sido possíveis. Se não pudéssemos suspender a concentração exclusiva de nossa atenção no que existe imediatamente (como os animais parecem fazer), a fim de pensar e definir sua essência (o «o quê»), a ciência e a tecnologia ocidentais certamente não teriam conhecido o desenvolvimento que as caracteriza. E se a dimensão da possibilidade desaparecesse completamente, nem planos nem projetos seriam pensáveis e as ações humanas não poderiam ser dirigidas nem controladas. O poder incomparável do Ocidente tem nessa máquina ontológica um de seus pré-requisitos essenciais. Por meio de uma paciente investigação genealógica, Agamben reconstrói o nascimento dessa divisão fundamental no pensamento e o processo de suas articulações subsequentes na filosofia e na política do Ocidente.

Giorgio Agamben
Nasceu em Roma em 1942, foi professor de filosofia teorética no Istituto Universitario di Architettura di Venezia (IUAV), foi diretor do Collège International de Philosophie de Paris. Com a publicação de Homo Sacer (Einaudi, 1995) deu uma nova direção ao pensamento político contemporâneo.
Peso 300 g
Dimensões 20 × 2 × 10 cm
Tradutor

Vinicius Nicastro Honesko

Páginas

230

ISBN

978-65-5998-094-9

Ano

2024

Projeto gráfico

Federico Barbon

SKU: 9786559980949 Categoria:
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