A última mão ao inebriamento

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Essa é a lucidez do velho, não pensar nas coisas que irão sobreviver a ele e que ele terá de abandonar, mas naquelas que o abandonaram e que ele deve deixar para trás. Decisiva aqui é a inesperada consciência de professar e preservar uma fé e uma inspiração que não poderão ser compartilhadas.

No limiar desse livro, é Sêneca quem oferece a Agamben o vinho forte de uma meditação sobre o envelhecimento. Abreviado, contraído, inoportuno, realizado, mas também escasso e faltante, esse é o tempo que tentamos apreender: um problema para os filósofos. O que está em questão nestas páginas é sempre o estilo tardio de artistas, mestres e Poetas: de Giorgione a Guccione, de Ticiano a Savinio, de Monet a Cézanne, e com eles Goethe, Hölderlin, e depois Kant e seus rabiscos ilegíveis, para todos eles a última mão é uma mão que confunde, embaralha, retira, retorna, desfaz e abandona a
obra.

Giorgio Agamben
Giorgio Agamben nasceu em Roma em 1942. Dele, a Âyiné publicou A Igreja e o Reino (2016), Studiolo (2021), Quando a casa queima (2021), A loucura de Hölderlin (2022) e Coisas que vi, ouvi, aprendi…(2023).
Peso 400 g
Dimensões 20 × 1 × 10 cm
Tradutor

Pedro Fonseca

Número de páginas

80

Isbn

978-65-5998-163-2

Ano

2024

Projeto gráfico

Daniella Domingues

SKU: 9786559981632
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