«O vazio está em si e fora de si. Todo o universo se vê golpeado pela frivolidade. Nada nos interessa, nada merece nossa atenção. O tédio é uma vertigem, mas uma vertigem tranquila, monótona; é a revelação da insignificância universal, é a certeza, levada ao estupor ou à clarividência suprema, de que nada se pode, nada se deve fazer neste mundo ou no outro, de que não há mundo que nos preste e nos satisfaça.»
«Pode-se sempre escrever e dizer tudo, mas justamente: não é preciso dizer tudo. […] Pode-se sempre escrever, mas se este ato já não corresponde a uma exigência interior, é apenas literatura. É isto que eu não quero, talvez porque sempre acreditei – é o meu lado ingênuo – naquilo que escrevi; não está certo e está até mesmo em contradição com a minha visão das coisas, mas enfim, azar.»