O destino quis que Joseph Brodsky pronunciasse, a distância de poucos dias, no outono de 1987, os dois discursos aqui reunidos, que assumem um lugar simbólico na sua obra. Ambos são discursos sobre o exílio e do exílio. Mas aqui o exílio é uma categoria metafísica, antes de ser política. Isso permite a Brodsky evitar, desde o início, o risco mais atraente do exilado, aquele de colocar-se do “lado banal da virtude”. Para Brodsky a literatura não serve para salvar o mundo, mas é um “extraordinário acelerador da consciência”.
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