«O negacionista não pratica o ceticismo metódico para então chegar, por meio de uma dúvida hiperbólica, à certeza. Ao contrário disso, ele está armado de certezas, e elevou seus fantasmas a dogmas.»
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, à medida que a enormidade do crime gradualmente se revelava, a negação do Holocausto se apresentou como um esforço ideológico de saneamento, visando limpar o presente da Europa de um falso passado: «a mentira de Auschwitz». Assim, a acusação de fraude, pedra angular do ódio antijudaico secular, foi relançada. Para os expoentes da nova propaganda antissemita, os sobreviventes são falsificadores, caso contrário teriam sido aniquilados; as evidências são absurdas, caso contrário, o número exato de vítimas seria conhecido. Enquanto os ataques no século XX ainda visavam o aparato de extermínio — as câmaras de gás —, no século XXI, a negação do Holocausto expôs a pedra angular em torno da qual o mito da «conspiração judaica» sempre girou. Mestres em explorar o «culto do Holocausto», a nova religião nascida da sacralização da memória, os judeus teriam lucrado com essa gigantesca mentira sobre o Holocausto não apenas para criar Israel, mas também, e acima de tudo, para retomar o controle da nova ordem mundial. Este volume, nascido da experiência de um julgamento e das consequências de anos de ameaças, inclui três ensaios que, formando um todo inter-relacionado, oferecem ao leitor uma estrutura filosófica e política para um dos fenômenos mais perturbadores do nosso tempo.
Peso | 400 g |
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Dimensões | 21 × 14 × 4 cm |
Tradução | Ana Carolina Romero |
Revisão | Andrea Stahel |
Páginas | 152 |
Projeto gráfico | Catherine Barluet |
Ano | 2025 |