«Consciência de classe proletária e solidariedade são indistinguíveis. Por isso, a solidariedade não é nada daquilo que poderia parecer, um bom sentimento cristão. É uma modificação estrutural, interior à massa, que, transformando o sociológico em político, o proletariado em classe revolucionária, só em aparência deixa a massa como tal, deixa que a massa se mostre compacta apenas ao observador externo, ao não solidário, ao opressor. Onde existe solidariedade — uma solidariedade que não pode vir do exterior, que não pode se esperar de ninguém —, ou quando se rompem os vínculos do antagonismo, existe consciência de classe; e vice-versa. Quando não há solidariedade e consciência, não existe classe, existe só a massa pequeno-burguesa, com sua boa psicologia.»