A nossa necessidade de consolação

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A inalienável aspiração humana à felicidade, à liberdade, à redenção, ao direito de existir sem outra justificativa senão a própria inviolabilidade e, ao mesmo tempo, a consciência desesperada de que essas aspirações permanecem inatingíveis: essa é a confissão tocante do escritor enfermo do mal de viver e que sempre sentiu “atrair a dor como uma calamidade”ainda que a nossa necessidade de consolação não seja a última obra de Dagerman, ela aparece como um verdadeiro e próprio testamento espiritual, em que se lê nas entrelinhas, o motivo de seu silêncio final e de seu suicídio escravo do próprio nome e do próprio talento a ponto de não ter “a coragem de usá-lo por medo de tê-lo perdido”, obcecado pelo tempo e pela morte, incapaz de se evadir das pressões que sente impostas pela sociedade e, ainda mais, pela sua própria intransigência, permanece mesmo assim convencido de que o valor de um homem não pode ser medido por seu desempenho e que ninguém pode exigir muito dele, a ponto de afetar sua vontade de viver há sempre palavras de oposição a todo tipo de opressão, “porque quem constrói prisões não se exprime tão bem quanto quem constrói a liberdade”mas se isso não é ainda suficiente, permanece o silêncio, “porque não existe machado capaz de romper um silêncio vivo”.

Acompanhe a playlist sobre o livro A nossa necessidade de consolação  produzida por Erika Ziller, no Spotify:

Stig Dagerman
(1923-1954) considerado o «Camus sueco», em perene revolta contra a condição humana, anárquico visceral, militante sempre do lado dos ofendidos e humilhados, incapaz de se contentar com verdades estabelecidas, permanece na literatura sueca uma daquelas figuras de culto que não se deixa jamais de reler e redescobrir. A partir de 1946, escreveu quatro romances, quatro peças de teatro, poemas, contos, artigos, roteiros de cinema, que continuam a ser traduzidos e editados. Atormentado por uma longa crise criativa e angustiado pelo peso das enormes expectativas criadas pelo seu talento, suicida-se em 1954.
Peso 191 g
Dimensões 20 × 1 × 10 cm
Tradução

Flavio Quintale

Ano de publicação

2020

Páginas

48

ISBN

978-65-5998-083-3

Edição

Encadernação

Brochura

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